quarta-feira, 8 de julho de 2009

UM POUCO DE HISTÓRIA


Mascates, ambulantes e tropeiros foram os pioneiros na arte de vender, naquela época não existia o telefone, catálogos e muito menos nossa famosa Internet. A venda era feita porta a porta em feiras e praças. A prática da venda é tão antiga quanto a historia da humanidade.
Para vender essas pessoas utilizavam artifícios visuais, sonoros, permitiam experimentação de produtos, faziam reduções de preços, descontos na compra de volumes, ofereciam prazos para pagamento (os prazos para pagamento eram feitos na confiança, naquela época não existia SPC, cartão de credito e etc), expunham sua mercadoria em locais visíveis ao público, procuravam ser agradáveis, chegando a manter amizade com seus clientes.
E também alguns foram os primeiros a enganar para vender, gerando desde aquela época esta imagem negativa que alguns tem sobre vendas. Todas estas ações eram criadas de forma intuitiva, sem nenhum planejamento, sem nenhum curso para auxiliar esses profissionais.
Começou – se a pensar em planejamento de marketing (ou planejamento de vendas) com a revolução industrial, que teve início no século XVIII, na Inglaterra. Nessa época a preocupação era puramente com aumento do lucro, ainda não existia a preocupação com o clienteNos anos 40, Robert Bartels, da Ohio State University defendeu sua tese de doutorado sobre a teoria do marketing, mas até então raros eram os princípios do Marketing estabelecidos, com exceção de trabalhos como o de Walter Scott, sobre a aplicação da psicologia na propaganda e o de William J. Reilly sobre as Leis de gravitação do varejo. A questão crucial era se as teorias de mercado podiam ou não se desenvolver. Autores como Roland Vaile e outros afirmavam que nunca seria possível desenvolver uma teoria mercadológica genuína, pois consideravam esta extremamente subjetiva, quase uma forma de arte. Por outro lado, Bartels e outros começavam a admitir que existia uma potencialidade para a teoria mercadológica se tornar uma ciência. Em 1954, pelas mãos de Peter Drucker ao lançar seu livro “A Prática da Administração”, o marketing é colocado como uma força poderosa a ser considerada pelos administradores. Até então o marketing ocupava um lugar muito pequeno nos organogramas das empresas composto praticamente por alguns vendedores que estava subordinado ao diretor de produção ou diretor administrativo. O Livro “A pratica da Administração” Não se tratava propriamente de um estudo detalhado sobre Marketing, mas foi o primeiro registro escrito que cita esta ferramenta como uma força poderosa a ser considerada por administradores focados no mercado.
A primeira grande mudança na visão que o marketing não podia ser visto simplesmente como ferramenta para aumento de lucros sem pensar em satisfação do cliente e seu poder de compra aconteceu na década de 60, Theodore Levitt, professor da Harvard Business School em seu artigo escrito na revista Harvard Business Review entitulado "Miopia de Marketing", revelou uma série de erros de percepções, mostrou a importância da satisfação dos clientes e transformou para sempre o mundo dos negócios. O vender a qualquer custo deu lugar à satisfação garantida. Depois desse artigo surge vários artigos científicos e pesquisas sobre o assunto, com isso percebe – se a necessidade de um estudo mais serio sobre o mercado. Em 1967, Philip Kotler, lança a primeira edição de seu livro "Administração de Marketing", livro que hoje é considerado a bíblia do marketing.